História do Espartilho
Desde
o século XlV homens e mulheres usavam faixas apertadas em volta do corpo para
dar forma ao mesmo, mas com o tempo as mulheres passar a usar saias fartas,
volumosas onde só a cintura ficava apertada.
Até
a Idade Média, os seios eram sustentados por corseletes, uma espécie de colete
justo, que eram usados por cima de camisas e amarrados nas costas. Com o tempo,
essa peça tornou-se mais rígida e pesada, até o surgimento do espartilho
propriamente dito. surgiu na história da moda no século XVI, era usado como um
apoio que permitia uma modelação exata do corpo principalmente do corpo
feminino.
Nenhuma
outra época exaltou tanto a beleza feminina como o Renascimento, um período de
sensualidade e erotismo. Durante o século 15, a atenção estava toda voltada
para os seios.
Após
o Renascimento, o vestuário tornou-se mais rígido, assim como a época. Apareceu
o corpete pespontado, que dava ao busto o aspecto de um cone. Esse corpete era
armado com uma haste (uma lâmina sólida feita de madeira, marfim, madrepérola,
prata ou osso de peru, para os menos abastados) encaixada no próprio tecido.
Somente por volta do século XIX graças
a invenção dos ilhóses e o uso de barbatanas de baleia as hastes ficaram mais
flexíveis e o espartilho menos rígido alem de que a atenção foi voltada para a
cintura e teve início a era das cinturas minúsculas, conhecida como era
Vitoriana. O novo espartilho comprimia os seios por baixo e deixava-os mais
evidentes sob os decotes.
A
Revolução Francesa sacudiu a sociedade européia. As roupas voltaram a ser mais
simples e práticas, levando a moda a outras camadas sociais. Pela primeira vez
em séculos, as mulheres deixaram de usar suas crinolinas (uma armação feita de
arcos de aço para moldar a forma das saias) e seus espartilhos. A moda era das
transparências, e os seios eram sustentados por um corpinho de tecido.
A
ideia de que o corpo deveria ficar firme era muito forte e, com isso, os
espartilhos voltaram a ser usados. Vários modelos surgiram, acompanhando a moda
do momento.
Em
1823, foi apresentado pela primeira vez um modelo mecânico, com polias, que
podia ser atado e desatado sem a ajuda de outra pessoa.
Em 1828, só existiam duas marcas
registradas de espartilhos, mas em 1848 elas já somavam 64.
Em 1832, o suíço Jean Werly abriu uma
fábrica de espartilhos sem costuras, que já saíam do tear com barbatanas,
hastes e armações prontos. Com o início da industrialização, foi possível
fabricar modelos mais baratos.
Em 1840, foram usados cordões
elásticos, o que facilitou que as mulheres se vestissem e se despissem
sozinhas. A partir dessa época, as mulheres superaram os homens na fabricação
dos espartilhos, que começaram a ser moldados com antecedência e em série, iniciando
assim a confecção.
Até 1870, a mulher permaneceu
comprimida, mas, a partir daí, a crinolina foi substituída pela
"tournure" (uma espécie de almofada), que deixava a mulher com o
perfil de um ganso, em forma de S, com os seios projetados para a frente, e os
quadris, para trás.
Nessa
época, existiam muitos modelos de espartilho à disposição, para todas as
ocasiões. Além disso, a invenção das barbatanas em aço inoxidável acabou com a
luta das mulheres contra a ferrugem. No final do século 19, os espartilhos eram
tão apertados que as mulheres não conseguiam mais se abaixar, além de possuírem
um sistema complicado de ligas e prendedores de meias.
A
peça caiu em desuso no início do século XX quando foi inventado o sutiã. Nos
anos 40 ela foi usada pelas Pin-ups e inspirou Christian Dior, que criou o New
Look que valorizava as formas do busto e cintura fina, os espartilhos voltaram
a ser usados. Nessa época, o estilista francês Marcel Rochas criou um modelador
cintura-de-vespa que foi um grande sucesso.
Nos
anos 60 o espartilho se tornou um acessório do fetiche.
Na
década de 80, os corpetes com barbatanas, que realçam o corpo, voltaram a ser
apreciados. Já no início dos anos 90, com o fetichismo em moda, alguns grandes
estilistas como Gianni Versace e Jean-Paul Gaultier lançaram espartilhos
futuristas e que deviam ser usados, não como roupa de baixo, mas por fora, para
serem mostrados são eles os Corsets.
Do
século XVI para cá os espartilhos mudaram bastante. No início eram feitos com
tecidos pesadamente engomados, hoje usados em tapeçaria e reforçados com junco
e cordas engomadas. Atualmente temos peças muito mais leves, feitas com
barbatanas ortopédicas.
Existem
vários tipos de espartilhos para todos os gostos, seja para usar debaixo de
alguma roupa, seja para usá-lo sozinho.
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